quarta-feira, 19 de março de 2014

Cosmos - Cachorros

(...) Mas eles viviam temendo outras criaturas famintas, os leões da montanha e ursos que competiam pela mesma presa, os lobos, que ameaçavam levar e devorar os mais vulneráveis entre eles. Todos os lobos queriam o osso, mas a maioria deles tinha medo de se aproximar. Esse medo se devia a altos níveis de hormônios do estresse no sangue deles. É uma questão de sobrevivência. Aproximar-se muito de humanos poderia ser fatal. Mas alguns lobos, devido a variações naturais, possuíam níveis mais baixos desses hormônios. Isso os tornava menos temerosos a humanos. Esse lobo descobriu o que uma linha de seus antepassados descobriu há 15 mil anos. Uma excelente estratégia de sobrevivência: a domesticação de humanos. Deixe que os humanos cacem, não os ameace, e deixarão que você coma o resto da comida. Você comerá mais regularmente, deixará mais descendentes e esses descendentes herdarão sua disposição. Essa seleção de domesticidade será reforçada a casa geração, até que aquela linha de lobos selvagens se tornem... cachorros. Talvez chamem de "sobrevivência dos mais amigáveis". Desde aquela época, esse foi um bom acordo para os humanos também. Os cães que comiam os restos não eram somente um esquadrão sanitário. Eram também a segurança. À medida que essa parceria entre espécies continuava, os cães também apresentaram mudanças. A beleza tornou-se uma vantagem seletiva. Quanto mais adorável, maiores suas chances de viver e passar seus genes para outra geração. O que começou como uma aliança conveniente tornou-se uma amizade que aumentou ao longo do tempo."

Texto retirado da Série "Cosmos", apresentada na FOX.