Epicteto
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Amizade desinteressada (?)
Epicteto
A corrosão da exposição pública
Foge, meu amigo, refugia-te na tua solidão! Vejo-te aguilhoado pelas moscas venenosas. Refugia-te onde sopre um vento rijo e forte!
Refugia-te na tua solidão! Viveste muito perto dos pequenos e dos miseráveis. Foge da sua vingança invisível! A teu respeito só têm um sentimento, o rancor.
Não levantes mais a mão contra eles! São inumeráveis; o teu destino não é ser enxota-moscas!
São inumeráveis, esses pequenos, esses miseráveis; e já se viram altivos edifícios reduzidos a escombros pela acção das gotas da chuva e das ervas daninhas.
Friedrich Nietzsche, in 'Assim Falava Zaratustra'
A realidade do amor
Gaston Bachelard, in ' A Poética do Devaneio'
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O Equíno e o Suíno (Fábulas Fabulosas)
Estava um porco se refestelando na pocilga, quando passou por ele um maravilhoso cavalo, tratado e lavado: “Animal imundo!”, disse o cavalo. “Nem sei como você se atreve a contemplar o mesmo Sol que eu! Ficas aí, no meio da maior imundície, e todos te desprezam. E se te dão comida é apenas para que engordes, engordes, engordes, até que te mandem ao matadouro e sirvas de alimento para os homens. Agora, olha pra mim, tratado como um príncipe, ricamente ajaezado, enquanto parto pra mais nobre missão. Vou para o concurso de obstáculos da olimpíada, vou defender meu país.” E dizendo isso, saiu trotando pelos campos em direção a um ponto de fuga no horizonte. Acontece, porém, que quando o cavalo chegou ao local da Glória, a Olimpíada já tinha terminado. E seu dono, não sabendo o que fazer com ele e não querendo perder todo o dinheiro que empregara em seus cuidados olímpicos, colocou-o no jóquei para disputar o Grande Prêmio Vale Tudo. Mas o cavalo não era muito bom de corrida, perdeu esse prêmio e todos os outros dez páreos em que entrou. Aí, o dono, desesperado, encheu o cavalo de doping, picou-o de alto a baixo, e o cavalo só não ganhou a próxima corrida porque estourou na reta de chegada. E acabou se encontrando dentro de uma salsicha com o porco que tanto desprezara. Depois, os dois foram comidos e se transformaram em adubo, e depois viraram alface e assim por diante. MORAL: NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA. |
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O sociólogo francês Gilles Lipovetsky conta como a era do hiperconsumo está transformando nossos conceitos e vontades
Bem-estar é o novo luxo
O sociólogo francês Gilles Lipovetsky conta como a era do hiperconsumo está transformando nossos conceitos e vontades
IZABELA MOI
EDITORA-ASSISTENTE DA ILUSTRÍSSIMA
O sociólogo francês Gilles Lipovetsky, 66, tornou-se popular por escolher o consumo, a moda e o luxo como objetos de estudo. De jeans e sandálias, o autor de "A Felicidade Paradoxal" e "O Império do Efêmero" recebeu a reportagem na cobertura de um prédio na zona sul de São Paulo, onde foi hospedado.
Na cidade para um fórum mundial de turismo, Lipovetsky veio falar sobre o "consumo de experiência".
Abaixo, fala também da obsessão pela saúde e afirma: bem-estar é o novo luxo.
Folha - O que é "consumo de experiência"?
Gilles Lipovetsky - Vai além dos produtos que podem me trazer esse ou aquele conforto, ou me identificar com essa ou aquela classe. As razões para escolher um celular, hoje, vão além das especificações. Queremos ouvir música, tirar fotos, receber e-mails, jogar. Ter vivências, sensações, prazeres. É um consumo emocional.
Então, o que é o luxo, hoje?
O luxo, apesar de ainda existir na forma tradicional, também está mudando.
Quando buscamos um hotel de luxo hoje, não queremos torneiras de ouro, lustres. O luxo está nas experiências de bem-estar que o lugar pode oferecer. Spa, sala de ginástica, serviço de massagem. O bem-estar é o novo luxo.
Como consumir bem-estar?
Nos anos 60 e 70, quando o consumo de massa possibilitou que famílias de classe média se equipassem com produtos, o bem-estar ainda era medido em termos de quantidade. Hoje, o que está na cabeça das pessoas é o bem-estar qualitativo: a tal qualidade de vida. O que inclui a qualidade estética.
Qual a relação entre busca de bem-estar e uma sociedade mais e mais "medicalizada"?
A obsessão com a saúde e a prevenção é o lado obscuro do hiperconsumismo, gerador de ansiedade quase higienista. A quantidade de informação disponível torna o consumo complicado. Na alimentação, os consumidores estão ávidos pela leitura dos rótulos: quais são os ingredientes, de onde vêm, podem causar câncer, engordar? Há 40 anos, íamos ao médico uma vez por ano, se muito.
Hoje, um indivíduo faz até dez consultas por ano. O consumo de exames, para nos fazer sentir "seguros", cresce exponencialmente. Sintoma do hiperconsumismo: queremos comprar nossa saúde.
Como vê as campanhas contra o cigarro e a obesidade?
O hiperconsumidor está preso num emaranhado de informações e ele tem muitas regras a seguir. Parar de fumar faz parte da lógica da prevenção. É um sacrifício do presente em prol do futuro.
No hiperindividualismo, a gestão do corpo é central. Esse autogerenciamento permanente explica, também, a onda do emagrecimento.
Expor-se ao sol é arriscado, mas é considerado bonito ter a pele bronzeada. Privar-se de comer é privar-se do prazer. É um paradoxo que todos vivem e, por isso, no caso dessas mulheres subjugadas ao terrorismo da magreza, elas sentem culpa. As regras são contraditórias.
Qual é a saída para toda essa ansiedade?
As compras. Antes as pessoas iam à missa, agora elas vão ao shopping center.
Comprar, ir ao shopping, viajar -são as terapias modernas para depressão, tristeza, solidão. Você pode comprar "terapias de desenvolvimento pessoal". Um fim de semana zen, um pacote de massagens. Todas as esferas de vida estão subjugadas à lógica do mercado.
Por que as pessoas não se sentem felizes?
O hiperindividualismo aparece quando nossa sociedade nega as instituições da coletividade. A religião, a comunidade, a política. Os deuses são os homens. O indivíduo é um agente autônomo que deve gerenciar a própria existência. Esse indivíduo pode fazer escolhas privadas -que profissão fazer, com quem se casar, o que comprar- mas está submetido às regras da globalização econômica de eficácia, de produtividade, juventude, consumo. O acesso ao conforto material, enquanto sociedade, não nos aproximou da felicidade. Há tanta ansiedade, tanto estresse, tanta angústia e tanto medo que a abundância não consegue proporcionar um sentimento de completude.
Consumimos para esquecer?
Também. Mas há um outro lado. Desenvolvemos o que eu chamei de "don juanismo" [ele cita o personagem "Don Juan", da ópera de Mozart, que "conheceu" 1.003 mulheres]. Todos nos transformamos em Dons Juans.
Somos todos colecionadores de experiências. Temos medo que a vida passe ao largo.
Existe um senso comum que nos diz que se não tivermos vivido tal ou tal experiência, teremos perdido nossa vida.
É uma luta contra o tédio, uma busca incansável e viciada pela novidade, pela fuga da rotina.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
A sorte e o azar
Sexta-feira da Paixão, a menininha acordou, cheia de alegria, foi pra janela do barraco e meteu os peitos no último pagodão romântico, composto pela dupla Depardiê Belmondô e Marlon Bochecha (1). A mãe, assustada, gritou: |
Brasil, meu Brasil brasileiro!
Pô, também não devemos só falar mal! Pois ainda somos melhor em muita coisa:
2. Nenhum jornal brasileiro gasta páginas e páginas com esportes idiotas como o beisebol.
3. Só brasileiro muito pobre vai de bicicleta pro trabalho.
4. Cremação, no Brasil, geralmente só acontece com o sujeito depois de morto.
5. Mesmo os políticos são usados até o fim e não envenenados.
6. Vaca sagrada no Brasil é só uma maneira de dizer, embora muitas vezes atrapalhe o tráfego.
7. Quando um ministro fala demais ninguém nos impede de desligá-lo (na TV).
8. Brasileiro não é muito chegado a coisas violentas, como touradas. O Brasil também não dá grandes lutadores de boxe. Nosso machismo conhece suas limitações.
9. Os trens podem não chegar na hora, mas chegam no dia.
10. O tamanho e o desenho do país não tem mudado muito, nos últimos 100 anos.
Fonte: Site do Millôr - http://www2.uol.com.br/millor/aberto/dailymillor/010/026.htm
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Além do bem e do mal - Capítulo II - O espírito livre - Parágrafo 26
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Inflação (Millôr Fernandes)
terça-feira, 27 de julho de 2010
Políticos (Por George Carlin)
Isso é o melhor que nós podemos fazer, pessoal. É isso que nós temos a oferecer. É o que o nosso sistema produz, lixo entra e lixo sai. Se você tem cidadãos ignorantes, terá líderes ignorantes. E se você discorda disso, você faz parte dos idiotas ignorantes americanos. Então, talvez, não são os políticos que fedem, talvez alguma outra coisa fede por aqui, como… o PÚBLICO. “O público fede”, aqui está um bom slogan pra uma campanha. “O público fede, foda-se a esperança!”.
E bem no meio dessa gente estão as pessoas brilhantes, pessoas conscientes. Onde estão os americanos inteligentes e honestos prontos pra entrar em ação, salvar a nação e liderar? Nós não temos mais essas pessoas no país, todo mundo tá no shopping, coçando a bunda, limpando o nariz, tirando o cartão de crédito do seu bolso e comprando um par de tênis com luzinhas.
Então eu resolvi esse dilema político pra mim, de uma forma bem simples: No dia da eleição eu fico em casa… eu não voto.
Então eu sei que logo teremos as eleições presidenciais que vocês tanto amam. Divirtam-se, será muito divertido. Assim que a eleição terminar seu país elegerá um novo presidente e vocês o aprovarão. Quanto a mim, estarei em casa nesse dia fazendo a mesma coisa que você, a única diferença é que quando eu terminar de me
Muito obrigado!
PS: Esse texto é retirado de uma de suas apresentações.
PS2: Se quiserem trocar a palavra "americanos" por brasileiros, fará o mesmo sentido.
PS3: Se você é membro assíduo de reuniões e eventos "políticos", esse texto jamais fará sentido.
terça-feira, 18 de maio de 2010
A melhor companhia
Considero saudável estar só na maior parte do tempo. Estar acompanhado, mesmo pelos melhores, cedo se torna enfadonho e dispersivo. Adoro estar só. Nunca encontrei um companheiro tão sociável como a solidão. Estamos geralmente mais sós quando viajamos com outros homens do que quando permanecemos nos nossos aposentos. Um homem quando pensa ou trabalha está sempre só, deixai-o pois estar onde ele deseja. A solidão não é medida pelas milhas de espaço que separam um homem e os seus congéneres.
O estudante verdadeiramente diligente de um dos enxames da Universidade de Cambridge está tão solitário como um derviche no deserto. O agricultor pode trabalhar sozinho no campo ou nos bosques durante todo o dia, mondando ou podando, e não se sentir solitário porque está ocupado; mas quando chega a casa, à noite, não consegue sentar-se numa sala sozinho, à mercê dos seus pensamentos. Tem que ir onde possa «estar com as pessoas», distrair-se e ser compensado pela solidão do seu dia; e, assim, interroga-se como pode o estudante estar só em casa durante toda a noite e grande parte do dia sem se aborrecer ou sentir-se deprimido. Mas ele não entende que o estudante, se bem que em casa, ainda está a trabalhar no seu campo, a podar os seus bosques, tal como o agricultor o faz nos seus e que, por seu turno, procura a mesma diversão e companhia que este, embora eventualmente de uma forma mais condensada.
Ouvi falar de um homem perdido na floresta e a morrer de fome e de exaustão ao pé de uma árvore e cuja solidão era aliviada pelas visões grotescas com que, devido à fraqueza física, a sua imaginação doente o rodeava, e que ele acreditava serem reais. Assim também, graças à saúde e à força física e mental, podemos sentir-nos continuamente animados por uma companhia semelhante, se bem que mais normal e natural, é chegarmos à conclusão de que nunca estamos sós.
Henry David Thoreau, in 'Walden'
domingo, 16 de maio de 2010
A vida como luta entre a realidade e o sonho
Somos um sonho divino que não se condensou, por completo, dentro dos nossos limites materiais. Existe, em nós, um limbo interior; um vago sentimental e original que nos dá a faculdade mitológica de idealizar todas as coisas. (...) Se fôssemos um ser definido, seríamos então um ser perfeito, mas limitado, materializado como as pedras. Seríamos uma estátua divina, mas não poderíamos atingir a Divindade. Seríamos uma obra de arte e não vivente criatura, pois a vida é um excesso, um ímpeto para além, uma força imaterial, indefinida, a alma, a imperfeição.
A vida é uma luta entre os seus aspectos revelados e o limbo em que eles se perdem e ampliam até à suprema distância imaginável; uma luta entre a realidade e o sonho, a Carne e o Verbo.
Entre nós, o Verbo não encarnou inteiramente. Somos corpo e alma, verbo encarnado e verbo não encarnado, a matéria e o limbo, o esqueleto de pedra e um fumo que o enconbre e ondula em volta dele, e dança aos ventos da loucura...
E aí tendes um pobre tolo sentimental, uma caricatura elegíaca.
Neste limbo interior, neste infinito espiritual, vive a lembrança de Deus que alimenta a nossa esperança, e transfigura esse bicho do Demónio, que anda por esses boulevards, vestido à moda ou coberto de farrapos.
Tudo é memória: um fumo leve, em mil visagens animadas; ou denso, em formas inertes e sombrias; e, ao longe, a grande fogueira invisível que os demónios e os anjos alimentam.
Vivo, porque espero. Lembro-me, logo existo.
Teixeira de Pascoaes, in 'O Pobre Tolo'
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A mentira é a base da civilização moderna
É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc... A mentira formou este ser, único em todo o Universo: o homem antipático.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade. Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, é a obra bendita que o Povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direcção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc. etc. ...
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje. Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia? Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia? Entre S. Paulo e os escravos de Roma? Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António? Entre os párias e Buda? Entre Tolstoi e os selvagens moujiks? A enxada será irmã da pena? A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?...
Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"
quarta-feira, 12 de maio de 2010
A sombra da pessoa
(...) Uma pessoa não está... nítida e imóvel diante dos nossos olhos, com as suas qualidades, os seus defeitos, os seus projetos, as suas intenções para conosco (como um jardim que contemplamos, com todos os seus canteiros, através de um gradil), mas é uma sombra em que não podemos jamais penetrar, para a qual não existe conhecimento direto, a cujo respeito formamos inúmeras crenças, com auxílio de palavras e até de atos, palavras e atos que só nos fornecem informações insuficientes e aliás contraditórias, uma sombra onde podemos alternadamente imaginar, com a mesma verosimilhança, que brilham o ódio e o amor.
Marcel Proust, in 'O Caminho de Guermantes'
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Sabedoria prática inexistente
A maioria dos luxos e muitos dos chamados confortos da vida não só são dispensáveis como constituem até obstáculos à elevação da humanidade. No que diz respeito a luxos e confortos, os mais sábios sempre viveram de modo mais simples e despojado que os pobres. Os antigos filósofos chineses, indianos, persas e gregos eram uma classe que se notabilizava pela extrama pobreza de bens exteriores, em contraste com a sua riqueza interior. Embora não saibamos muito a seu respeito, é de admirar que saibamos tanto quanto sabemos. O mesmo acontece com reformadores e benfeitores mais recentes, da nacionalidade deles. Ninguém pode ser um observador imparcial e sábio da raça humana, a não ser da posição vantajosa a que chamaríamos pobreza voluntária.
O fruto de uma vida de luxo é também luxo, seja em agricultura, comércio, literatura ou arte. Hoje em dia há professores de filosofia, mas não há filósofos. Contudo é admirável ensinar filosofia porque um dia foi admirável vivê-la. Ser um filósofo não é apenas ter pensamentos subtis, nem sequer fundar uma escola, mas amar a sabedoria a ponto de viver, segundo os seus ditames, uma vida de simplicidade, independência, magnanimidade e confiança. É solucionar alguns problemas da vida não só na teoria mas também na prática.
Henry David Thoreau, in 'Walden'
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Vale a pena colocar uma análise feita por um dos leitores que comentou tal texto:
Além do discurso elaborado, Thoreau disse mui belmente uma frase que muito me surpreendeu: "ninguém pode ser um observador imparcial e sábio da raça humana, a não ser da posição vantajosa a que chamaríamos pobreza voluntária".
É decerto que há muitos larápios por aí a repesentar a filosofia falsamente.Algo que torna-se a multiplicar uma vez que,como disse: "hoje em dia há professores de filosofia, mas não há filósofos",estando por conseguinte fechado o ciclo...perdemos a tradição do filosofar, da reflexão elaborada entrando numa época de reflexão consentida em meio a prevalescência da ação(seja no trabalho, nas lutas,etc). na vida a que levamos....cada segundo torna-se uma oportunidade e disto, a sorte calha mais que o próprio pensar...De sorte em sorte,o homem cada vez mais se perde em seus crescentes problemas...
domingo, 9 de maio de 2010
Nenhum ser feliz pode saber que o é
Com a felicidade acontece o mesmo que com a verdade: não se possui, mas está-se nela. Sim, a felicidade não é mais do que o estar envolvido, reflexo da segurança do seio materno. Por isso, nenhum ser feliz pode saber que o é. Para ver a felicidade, teria de dela sair: seria então como um recém-nascido. Quem diz que é feliz mente, na medida em que jura, e peca assim contra a felicidade. Só lhe é fiel quem diz: fui feliz. A única relação da consciência com a felicidade é o agradecimento: tal constitui a sua incomparável dignidade.
Theodore Adorno, in "Minima Moralia"
sábado, 8 de maio de 2010
O defeito dos 'homens ativos'
Aos ativos falta, habitualmente, a atividade superior: refiro-me à individual. Eles são ativos enquanto funcionários, comerciantes, eruditos, isto é, como seres genéricos, mas não enquanto pessoas perfeitamente individualizadas e únicas; neste aspecto, são indolentes. A infelicidade das pessoas ativas é a sua atividade ser quase sempre um tanto absurda. Não se pode, por exemplo, perguntar ao banqueiro, que junta dinheiro, qual o objetivo da sua incansável atividade: ela é irracional. Os homens ativos rebolam como rebola a pedra, em conformidade com a estupidez da mecânica. Todos os homens se dividem, como em todos os tempos também ainda atualmente, em escravos e livres; pois quem não tiver para si dois terços do seu dia é um escravo, seja ele, de resto, o que quiser: político, comerciante, funcionário, erudito.
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'
sexta-feira, 7 de maio de 2010
A vida em conformidade com princípios mais elevados
Se a pessoa der ouvidos às sutis mas constantes sugestões do seu espírito, sem dúvida autênticas, não vê a que extremos, e até loucura, ele pode levá-la; contudo, por aí envereda o seu caminho à medida que cresce em resolução e fé. A mais leve objecção segura que um homem sadio fizer, com o tempo prevalecerá sobre os argumentos e costumes da humanidade. Nenhum homem jamais seguiu a sua índole a ponto de esta o extraviar. Embora o resultado fosse fraqueza física, ainda assim talvez ninguém pudesse dizer que as consequências eram lamentáveis, já que representariam a vida em conformidade com princípios mais elevados. Se o dia e a noite são de tal natureza que vós os saudais com alegria, se a vida emite uma fragrância de flores e ervas aromáticas e se torna mais elástica, mais cintilante e mais imortal - aí está o vosso êxito.
A natureza inteira é a vossa congratulação e tendes motivos terrenos para bendizer-vos. Os maiores lucros e valores estão ainda mais longe de serem apreciados. Chegamos facilmente a duvidar de que existam. Logo os esquecemos. Constituem, entretanto, a realidade mais elevada.
Talvez os factos mais estarrecedores e verdadeiros nunca sejam comunicados de homem a homem. A verdadeira colheita do meu dia a dia é algo de tão intangível e indescritível como os matizes da aurora e do crepúsculo. O que tenho nas mãos é um pouco de poeira das estrelas e um fragmento do arco-íris.
Henry David Thoreau, in 'Walden'
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Vida Ilusória
Ao mesmo tempo que a realidade é uma fábula, simulações e enganos são considerados como as verdades mais sólidas. Se os homens se detivessem a observar apenas as realidades, e não se permitissem ser enganados, a vida, comparada com as coisas que conhecemos, seria como um conto de fadas ou as histórias das Mil e Uma Noites.
Se respeitássemos apenas o que é inevitável e tem direito a ser, a música e a poesia ressoariam pelas ruas fora. Quando somos calmos e sábios, percebemos que só as coisas grandes e dignas têm existência permanente e absoluta, que os pequenos medos e os pequenos prazeres não passam de sombra da realidade, o que é sempre estimulante e sublime. Por fecharem os olhos e dormirem, por consentirem ser enganados pelas aparências, os homens em toda a parte estabelecem e confinam as suas vidas diárias de rotina e hábito em cima de fundações puramente ilusórias.
Henry David Thoreau, in 'Walden'
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Virtude ociosas e bolorentas
O estilo, a casa com o terreno em volta e o «entretenimento» não representam nada para mim. Visitei o rei, mas ele deixou-me à espera no vestíbulo, comportando-se como um homem incapaz de hospitalidade. Na minha vizinhança havia um homem que morava no oco de uma árvore e cujas maneiras eram régias. Teria feito bem melhor visitando-o a ele.
Até quando nos sentaremos nós nos nossos alpendres a praticar virtudes ociosas e bolorentas, que qualquer trabalho tornaria descabidas? É como se alguém começasse o dia com paciência, contratasse alguém para lhe sachar as batatas, e de tarde saísse para praticar a mansidão e a caridade cristãs com bondade premeditada!
Henry David Thoreau, in 'Walden'
terça-feira, 20 de abril de 2010
Coleção de frases!
(Diego)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Conversa da noite...
A de hoje é essa:
Diego diz (21:03):
o perigo de querer dar razao a coisas que sao guiadas por sentimentos
isso acaba desconectando o mundo do oculto
olhai o exemplo massa q ele da
o cara dava dinheiro para um cara bem pobre
Diego diz (21:04):
pq achava q o cara precisava de dinheiro
e queria ajudar
e quanto mais dinheiro ele dava a esse cara
mais rico ele ficava
pq deus compensava ele
( nao to falando que deus existe, eh so para uma melhor compreensao do tema )
ai quando ele perecebeu que isso tava acontecendo
ele pensou que se desse dinheiro a alguem mais pobre
deus ia dar mais dinheiro a ele
Diego diz (21:05):
e parou de dar dinheiro ao cara
e começou a dar dinheiro a alguem mais pobre
e acabou perdendo tudo que tinha
acabou perdendo tudo que tinha pq ele tentou colocar razao
a uma coisa que nao tem razao
nao tinha logica
Diego diz (21:05):
sacou?
eh foda
Diego diz (21:06):
quando ele dava dinheiro ao cara nao tao pobre
ele dava por ser um sentimento
q ele tinha
achava q o cara precisava
no segundo caso ele quis usar uma logica
para ganhar mais dinheiro
e acabou perdendo tudo
Diego diz (21:08):
quando vc tenta dar logica
a parte sem logica da vida
vc acaba perdendo os beneficios
que a tolice iria te proporcionar
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"A essência dos bons momentos da nossa vida, estão na tolice de serem guiados pelos sentimentos."
terça-feira, 6 de abril de 2010
Eterna busca pelo sentido (Por: Belisa Parente)
O nasce, cresce, reproduz e morre já não é regra. Não, não é para mim. Nem é o sentido de tudo. Não viemos aqui unicamente para parir, ganhar um mini palácio no cemitério ou ser uma responsabilidade, um elo para alguém. Não só para isso. Somos e queremos mais; mais de um motivo para acordar no dia seguinte abrir os olhos e sentir satisfação por estar vivo.
Todo ser humano sofre de algo, mesmo os donos dos mini palácios, o rei do pop, do blues, jazz, rock. Qual o sentido do sofrimento, então? Essa angústia que pede sempre mais do mundo, e se corrói, sente dor, passa mal, quer morrer. Até os mais sábios provaram. O sentido de tudo seria a dor? Já dizia Schopenhauer: “Alles Leben Leiden ist” (Toda vida é sofrimento). Frase tão catastrófica em pleno século 21, chocante, considerada super pessimista, quando é uma das mais simples verdades existenciais. Para os budistas, a origem da dor e do sofrimento está na volúpia humana, nos desejos – por isso tentam reprimi-los. Lembro do Sidarta Gautama de Hesse cedendo por completo aos encantos de Kamala, experimentando e se entregando a todos os tipos de desejos e paixões, descobrindo uma felicidade nova, desconcertante, avassaladora. Às vezes pegamos uma trilha, um desvio, e nos afastamos do caminho inicial. Mas nada é em vão, e sempre há luz atrás das ilusões.
Fiquei pensando nas pessoas as quais escolhemos a dedo, dizemos: É você! E depois nos enganamos, arrependemos, ou enfim encontramos nossa alma gêmea e estamos ligados até o sexosemfimamém. Muitos casais de namorados, e amigos, conseguem conservar uma convivência boa por toda a vida, pois a existência de um e outro faz todo sentido – até mesmo quando distantes. A vida comporta desavenças, pode sim reconhecer ter ido pelo caminho errado. Como também pode morrer presa a situações indesejadas, onde o comodismo fala mais alto, o moralismo, a falta de capacidade de assumir o erro, ou a falta de clarividência, coragem ou amor próprio. Ouvi dizer que clarividência é um dom, ou se tem ou não, nenhum livro, pensamento, ensinamento, pode ensinar. Cada caso é um caso, e “a vida é o que está acontecendo enquanto estamos pensando em outras coisas”, como disse há tempos minha amiga Leda Vahalla Crowley. O sentido é único, particular, e ao mesmo tempo ligado às pessoas, valores, noções. E o caminho é a verdade, o amor, e a luz.
Dúvidas sobre o significado da existência humana costumam ser silenciosas, e sempre vão existir. Dificilmente os suicidas, por exemplo, descrentes que a vida tenha algum sentido, anunciam antecipadamente essa renúncia. Ao contrário, eles se deixam consumir por dentro, como uma chama crescente que um dia se espalha por todo o corpo e inflama. E o Homem Absurdo de Camus, descrente do sentido profundo das coisas?! É bom falar, pensar, tentar entender o destino que se interpõe constantemente no nosso dia a dia, no agora, no que passou e no que virá. Afinal, só colhemos o que plantamos.
segunda-feira, 22 de março de 2010
A semana começa com mudanças, muitas mudanças...
Fiódor Dostoievski
quinta-feira, 18 de março de 2010
O homem de ferro
Homem de ferro
Me sinto ameaçado pelo mundo. Uma ameaça constante e perturbadora. Por isso sou duro, muitas vezes inflexível e implacável. Sinto que se o vento bater forte eu vou quebrar, por isso não vergo. Travo, resisto até a morte. Bato de volta no vento pra ele deixar de ser besta. Sei que é inútil. Sei que preciso relaxar, pra minha própria sanidade, pra minha própria sobrevivência. Sei de tanta coisa que não serve pra nada. Mas como vou abrir a minha guarda assim sem mais nem menos, esperando o direto no meu queixo. Como vou relaxar e gozar se a ameaça está sempre à espreita? Como, se eu sinto que um mínimo momento de fraqueza pode abrir as portas do meu castelo e me destruir por dentro? Estou cercado por cavalos de tróia. Isso se reflete na minha atitude, nas minhas relações, nos meus gestos. Sou uma pessoa dura. Acredito que minha linguagem corporal expressa essa inflexibilidade com mais presteza que as palavras. Isso afasta as pessoas, afasta os empregos, afasta tudo. Como diferenciar uma ameaça de um carinho? Como saber se a mão que chega vem para esmurrar ou para afagar? Na dúvida, eu impeço a mão de me tocar. Às vezes de forma áspera, como que uma mensagem subliminar: não volte mais aqui, não se atreva. Quem consegue uma aproximação comigo o faz à maneira dos adestradores de cães raivosos. Vêm com calma. Tentam ganhar a confiança lentamente com gestos nunca bruscos. Tentando comprar a confiança com pequenos pedaços de carne. Mas a maioria das pessoas não tem esta paciência, por isso correm o risco de serem mordidas pelo cão que tentam alimentar. Aliás, mesmo aqueles que acreditam ter adestrado o animal, correm risco constante de levar uma abocanhada. Ao meu lado, ninguém está totalmente seguro. Tentar transpassar minhas defesas, meu campo de força, minha carapaça é uma missão inglória. Sou uma pessoa blindada. Sou o homem de ferro. Tenho uma capacidade de proteção e de ataque invejável, mas não me comunico com o mundo exterior e tenho meus movimentos prejudicados pelo peso e pela falta de flexibilidade da armadura. É isso que eu sou, um herói solitário. Minhas pretensas boas intenções se perdem na minha luta contra o mal. Uma luta que brutaliza aos poucos, que desfigura lentamente as feições humanas. Não sei se algum dia conseguirei tirar meu traje protetor e encarar o vento e o sol e as pessoas de peito aberto. Todo herói tem seus dilemas. Herói bem resolvido não é herói. Talvez eu não queira ser herói. Mas só talvez. Talvez o que eu queira de verdade ainda não foi desvendado. Talvez nunca seja. Certamente nunca será.
domingo, 14 de março de 2010
O petróleo é nosso... é?
A solução era um asteróide, mas não esperemos tanta bondade da natureza. Há outro asteróide: uma Assembléia Constituinte. Proposta que tramita, obscuramente, claro, pelos corredores da câmara. Tanto pelo próprio conteúdo da proposta, quanto pelo medo que os Dinossauros da nossa política tem de deixar o poder e a "boquinha" que é representar o "povo" no palanque da democracia, desfarçada, brasileira.
Ao Sérgio Cabral e seus amiguinhos eu reivindico o mesmo que eles. Eu não quero que 1 real meu, nem de muita gente, contribua para a maior palhaçada da decada: uma Copa e uma OlimPIADA num país que não consegue nem cuidar das suas crianças e de seus idosos. Num país onde a única distribuição de renda que funciona e que vemos pra onde o dinheiro vai é em um programa de TV, no programa do Silvio Santos. Um país que cospe na cara do cidadão e ainda vê no outro dia, na TV, o seu presidente e os seus comparsas rindo da sua cara, falando que não sabem de nada, te chamando de vagabundo e mandando relaxar e gozar.
Não, Sergio Cabral, eu não quero que 1 real meu vá parar nas suas "obras". E se for, eu vou te processar. Por que eu não permiti que o meu dinheiro fosse parar nas suas mãos, tão sujas de óleo. Antes fosse, somente óleo...
domingo, 14 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Dica de bandas
Bom, pra quem curte um som diferente e alternativo ai vão algumas dicas de bandas e com quais bandas elas mais se parecem. Vale a pena escutar pra quem ta cansado desse rock brasileiro que não tem nada de novo.
-Stereophonics
Parecido com: Embrace, Travis, Snow Patrol
-Richard Ashcroft
Parecido com: Embrace, Travis, Keane
-Morning Runner
Parecido com: Embrace, Thirteen Senses, Starsailor
-Delays
Parecido com: Embrace, Thirteen Senses, Keane
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
**Millôr Online - Enfim um Escritor sem Estilo**
Devassidões
Devassa no Ministério da Saúde.
Devassa no INSS.
Devassa na PM.
Devassa em Brasília.
Devassa na construção dos PACs.
E as feministas não protestam?
Nenhum devasso?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
**Millôr Online - Enfim um Escritor sem Estilo**
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Cultivando Frases
Pedra no sapato
8 de fevereiro de 2010
Não é difícil parar pra pensar e refletir que há algumas coisas no mundo que você NUNCA vai entender e NUNCA vai saber. Que ser dono da razão é, nada mais nada menos, sujar de óleo diesel e areia toda sua reputação. Decidir ser dono da razão é apagar da memória, sua e dos outros, todos os momentos em que você mereceu o elogio e teve a consciência tranquila de saber o que realmente estava fazendo.
Não, não é por que você tem mais idade que tudo que você fala irá acontecer. Ou muito menos querer que sigam o que você trilhou e falou ser o melhor. Até inconscientemente, tomar a decisão alheia por achar que viveu mais.
Mas é preciso lembrar por um instante que essa constante que você sugeriu ser a melhor tem uma variável: outra pessoa. Outra pessoa COMPLETAMENTE diferente de você. Uma pessoa com objetivos e desejos completamente diferentes do seu. O que serve/serviu para você, dificilmente irá servir para o próximo. Mesmo que você insista por toda sua vida, em querer que alguém seja o que você quer/quis.
As pessoas mudam, assim como eu mudei e você mudou. O mundo muda. O "ponto de vista" hoje anda de avião. O SEU "ponto de vista" não pode ficar estagnado. Nem tudo que você julga ser relevante é relevante pra pessoa ao seu lado.
Mas eu entendo o seu egocentrismo. O seu orgulho. Mas para você, egocêntrico e orgulhoso: VOCÊ NÃO É NADA.
Assim como já dizia o meu bom amigo Marcelo Soriano: "Todo mundo é uma espécie última bolacha do pacote. Melhor mesmo é ser ninguém, assim como todo mundo."
Olhe pro céu, entre no site da NASA, veja foto de galáxias, constelações e estrelas. E tira sua conclusão. É difícil ser sincero sobre si mesmo, mas tente. Tente e veja, que assim como eu, você não é nada.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Complica humanidade!
Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê".
Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:
- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
- 1) Astronomicamente,significa que há milhares e milhares de galáxias e, potencialmente, bilhões de planetas.
- 2) Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.
- 3) Temporariamente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar.
- 4) Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes.
- 5) Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:
- Watson, seu idiota! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!
Moral da história: A VIDA É SIMPLES, NÓS É QUE TEMOS A MANIA DE COMPLICAR.