sábado, 15 de agosto de 2009

Felicidade?

Sábado, aquele dia dito para descansar mas que na verdade é hora de limpar as gavetas e o armário. Pôr o lixo pra fora. A limpeza semanal sagrada. Hora de limpar também a alma, pensar, escrever, refletir. Como você quiser...

E na minha corrida matutina de hoje (06:00am), corria e refletia. Via-me nas pessoas que passavam ainda voltando de suas festas. E vejo-me, afinal ainda tenho meus momentos de 'felicidade'. Mas vendo bem as outras pessoas eu acabo percebendo que a minha felicidade não é nenhum pouco igual a delas.

Posso ser a pessoa mais inocente do mundo para que me lê pela primeira vez, minhas palavras aqui ainda não são tão rebuscadas e muita gente não irá entender o que eu penso e o que eu escrevo. Afinal, eu não nasci escritor ou poeta. Ninguém nasce nada, apenas assimila as ideologias postas pela sociedade em que convive.

Sendo inocente ou não, felicidade pra mim não é comprar um carro. Não é comprar uma casa, muito menos comprar uma roupa. Ir a um shopping fazer compras, isso não é felicidade pra mim. Em um pequeno resumo, entregar-se ao que o mercado nos oferece não é felicidade. E pode soar como um 'recalcado' que não tem condições de realizar os desejos acima. Mas eu escrevo isso pra quem me conhece, e essas pessoas entederão.

Felicidade comprada, é essa a felicidade no dicionário ser humano. A verdade é que o dinheiro compra tudo até mesmo a felicidade; Outra verdade é que a felicidade comprou tudo, até mesmo o dinheiro. Então como saber diferenciar felicidade de interesses individuais?

É simples, compartilhe. Não, não quero que você compartilhe seus bens materiais (não entenda isso como uma ordem, apenas uma opinião do escritor). Compartilhe suas idéias, seus sentimentos, seus pensamentos e principalmente as suas virtudes. Compartilhe aquilo que você tem de melhor em você, mas sem deixar que o seu potencial e conhecimento vaze com essa interação. Pense muito, mas não pense em coisas impossíveis, não sonhe com essas coisas impossíveis, sonhar com o impossível é a primeira desculpa para não precisar lutar pelo seu sonho. Leia e divida o que você leu com outra pessoa. Seja ao vivo, seja por essa ferramenta que tanto nos ajuda que é a internet. Esteja você em Natal ou em Mossoró, esteja você nos EUA ou no Chipre, compartilhe suas idéias. Compartilhe seus sentimentos. Aconselhe, mesmo que seu conselho pareça ultrapassado ou 'pretencioso'. Tente, afinal não conhecemos todas as pessoas, aquele conselho ou ideologia posto para um desprezado por ele pode ser a alegria de um dia para aquela outra pessoa. E viva, feliz é quem perde o tempo vivendo!

Infelizmente o dinheiro hoje esta acima de qualquer valor moral que você possa ter. E temos que ter cuidado ao lhe dar com essa tal felicidade.

Mas ainda me perguntam: você quer ser feliz? E respondo sem pestanejar: A felicidade imposta de hoje não é uma das minhas prioridades.

Mas a minha felicidade, a felicidade de compartilhar idéias e sentimentos com pessoas que me lêem ou me ouvem, essa sim, essa eu busco todos os dias. Sem medo nenhum...

A perfeição divida amigos, não me atrai. Muito menos a postura impecável dos homens. Ser feliz é errar também. O feio também é feliz, mas a sociedade não quer aceitar isso. Verdade é que a beleza é o alimento da alma humana, mas nossa alma é reciclável e também não é das coisas mais confiáveis.

Mais uma prova de que a felicidade (a da sociedade) de hoje é apenas para uma gama de pessoas. Ricos e bonitos são todos felizes no espetáculo do circo dos horrores da mente moderna.

Não, eu não sou feliz. E reitero, não é a minha prioridade.

Tenho a minha felicidade. Não se compara nenhum pouco com a que vendem por aí. Mas eu tenho e acho que cada um deveria deixar a felicidade comprada que adquiriu e tornar-se adepto da própria felicidade.

Eu compartilho a minha felicidade com vocês e é o minimo que posso fazer. E não quero nada em troca, a não ser suas ideologias.

Obrigado a todos que compartilham de idéias e sentimentos e tantas outras coisas comigo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cultivando frases... III

"Todo mundo" é uma espécie de vala comum das últimas bolachas do pacote. (O melhor mesmo é ser ninguém, assim como todo mundo)

Marcelo Soriano